4ª Condessa de Tarouca–Dona Joana Rosa de Menezes, filha herdeira dos anteriores e neta do 3º Conde, foi nascida em 1670 e falecida em 23-VIII-1734.
Foi Senhora de Penalva, Gulfar, Lalim e Lazarim, administradora da alcaide-mor e comenda de Albufeira.
Casou com João Gomes da Sylva, Conde de Tarouca pelo casamento, que nasceu a 21-VI-1671 e morreu em Viena de Áustria a 29-XI-1738, filho segundo dos 2ºs Condes de Vilar Maior e I ºs Marqueses de Alegrete, c. g.
Teve o Conde de Tarouca uma brilhante carreira militar e foi capitão da Guarda Real de D. Pedro II na campanha da Beira de 1704.Serviu depois, distintamente nos sítios de Valencia de Alcântara, chegando ao posto de general-de-batalha.
Na esfera diplomática também foram relevantes os seus serviços. Enviado a Londres, em missão junto da Rainha Ana, obteve que, na liquidação da Guerra da Sucessão de Espanha, Portugal fosse incluído no tratado de paz negociado entre o governo daquela soberana e os de Espanha e França. Em 1710 foi enviado à Holanda e assistiu como plenipotenciário por parte à paz de Utreque. As pazes entre Portugal e Espanha só foram ultimadas em 1715 e pouco depois assinava-se o tratado de paz com a França, fazendo este governo várias concessões à Coroa portuguesa, como resultado da habilidade e talentos do nosso negociador, o Conde de Tarouca. Estando em Cambrai, onde fez construir um palácio de madeira para sua residência, por já não haver alojamentos na cidade, hospedou ali magnificamente e por duas vezes o Infante D. Manuel, irmão de D. João V, ao qual foi sempre muito dedicado. O seu prestígio foi tal que o governo holandês solicitou os seus bons ofícios como intermediário a propósito duma difícil negociação com a Áustria. A 16-I-1726 assumiu o cargo de embaixador de D. João V em Viena, onde marcou a sua posição entre os diplomatas ali acreditados. Foi depois nomeado mordomo-mor da Rainha D. Maria Ana de Áustria e governador das Armas em 1735.Foi ainda nomeado para embaixador em Madrid e para director da Academia Real de História. Não chegou, porém, a tomar posse destes últimos cargos porque morreu.
Foi bom poeta e homem de notável ilustração, com grandes conhecimentos históricos e dominando as línguas francesas, castelhana e Italiana. Na Academia, por morte, foram lidos elogios fúnebres, em que se enalteceram seus talentos e personalidade, por vários dos mais eminentes académicos, entre os quais o Conde de Ericeira.
O título foi-lhe tornado extensivo por Carta de 20-II-1698. (D. Pedro II)