Foi 1º Conde de Faro (Algarve) Dom Afonso, que morreu em Sevilha em 1843, filho terceiro varão dos 2ºs Duques de Bragança (D. Fernando I e D. Joana de Castro) , irmão do Marquez de Montemor-Mor D. João e de D. Álvaro 4º na sucessão que veio a gerar o ramo Cadaval.
Foi Senhor das terras de Riba do Vouga e dos julgados de Eixo ,Ois ,Paus e Viralinho , alcaide –mor de Estremoz e de Elvas ,Senhor de Aveiro e das dízimas do pescado desta ultima vila do Vimeiro, Mortágua e outras ,fronteiro-mor das suas terras, adiantado de entre Tejo e Guadiana e do Reino do Algarve, etc. Recebeu de seu pai a alcaidaria de Estremoz, assim como todas as rendas que naquela vila tinham os Duques de Bragança e que haviam pertencido ao Condestável D. Nuno Álvares Pereira, seu avô, e juntamente os direitos de nomear alcaide, almoxarife e escrivão, como o haviam tido seus maiores.
Casou com a Condessa de Odemira, D. Maria de Noronha, filha herdeira do Conde de Odemira, D. Sancho de Noronha (filho dos Condes de Giron e Noronha e consequente- mente neta dos reis D. Henrique de Castela e de D. Fernando de Portugal), e de sua mulher, D. Mécia de Sousa, que levou em dote os senhorios de Aveiro e do Vimieiro, o castelo de Elvas, com o respectivo reguengo ,o castelo de Estremoz ,com todos os mais bens da Coroa pertencentes à sua Casa, reservando-se ,em vida ,os pais ,o usufruto das ditas vilas e jurisdições. De sua mãe ainda recebeu, por doação, o senhorio de Mortágua e outras terras. Todas estas doações foram confirmadas por Carta de D. Afonso V, escrita em Portalegre a IV-Vi-1465.
Na expedição mal sucedida de D. Afonso V, em 1463, contra os Mouros de Marrocos, tomou parte o Duque de Bragança e este seu filho D. Afonso, e ambos estiveram também na tomada de Arzila, em 1471.Quando o mesmo soberano marchou sobre Castela, a fazer valer os direitos de sua segunda mulher, a excelente Senhora, à Coroa daquele reino, foi uma ala da sua hoste comandada pelo mesmo D. Afonso, já então Conde de Faro (Algarve). Na batalha de Toro essa Ala houve-se com grande bravura, dando-lhe renome guerreiro. Foi um dos portugueses enviados em terçaria para firmeza do tratado de paz celebrado pelo mesmo Rei com Isabel, a Católica, e D. Fernando de Aragão, seu marido. Quando o soberano partiu para França, a demandar o apoio de Luís XI, foi o Conde de Faro no seu séquito.